Os genes sobre a Tábula Rasa




O confronto da ciência genética com a sociedade sempre me apeteceu e muito.


Entretanto, não naturalmente vou me pender à defesa gratuita da genética em relação às influências sociais no que concerne os comportamentos humanos. Prefiro identificar o equilíbrio ou não que há entre ambos os aspectos.


Para elucidar melhormente a minha esplanação devo me remeter a Teoria da Tábula Rasa qye aposta piamente na concepção do ser humano como uma folha branca, preenchida de conceitos morais e éticos ao longo da vida através da educação recebida pelos pais, avós, tios, irmãos, relações amorosas e etecéteras.


Em contrapartida é recorrente as investigações genéticas que procuram combinar sequências de adenina, timina, citosina e guanina da assassinos em série, psicopatas, homossexuais, ninfos, compulsivos e afins que fogem às regras da normalidade (ou "normalidade") biológica. Tudo isso para justificar que tais comportamentos são inerentes a qualquer educação ideal, até mesmo aquela que a SuperNanny ensina na TV.


A influência social se baseia no determinismo micro de "um pai cafageste, filho cafageste" até o macro de "país subdesenvolvido, população socialmente atrasada", o que é reforçado pela babaquice de não poder se afirmar que as sequências de bases púricas e pirimídicas européias são melhores que as latinas, uma vez que estes possuem aqueles em sua ascendência.


Daí, surge a minha proposta singela do projeto do equilíbrio, a genética dá a predisposição para o construtivo e o destrutivo, cabe a sociedade denotar a sua imensa responsabilidade de identificar as habilidades dos seres e propor regras e mecanismos para que estas sejam desenvolvidas em detrimento daquilo que pode definhar e causar dor. Aí sim, a costa larga não será nem da sociedade e nem da genética, mas do livre arbítrio do ser humano.


Controverso, não!?



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