Auge






Estou no auge, sem dúvida. Nada pode ser mais alto do que isso.


Hmmm... na verdade, pode.


No entanto, nas inúmeras paradas que fiz na escalada para refletir se valia a pena realmente se desventurar juvenilmente no caminho do amor pleno, puro e unidirecionalmente construído, percebi que nenhum esforço humano meu seria mais válido para alcançar o topo, logo, o meu auge chegou.


Hoje, o sentimento ainda indefinido percola por toda a minha forma anatomo-fisiológica, entre células, tecidos e órgãos.


Ele revigora, enciuma, alegra espiritualmente quando o topo, por impressão babaca dos meus olhos e sentidos, se faz mais próximo.


Estou no meu auge. Daqui não devo mais avançar, mas desafiar a natureza é algo tão excitante, que vou continuar a permanecer na linha perigosa e arriscada da desobediência do óbvio.

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