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Ultimamente estou ouvindo bastante música pop, de modo que qualquer pessoa que eventualmente me conheceu nestes últimos tempos não ia conseguir detectar meu ecletismo característico.
E como é natural de todos, eu comecei a pesquisar sobre a vida de algumas cantoras, especialmente Madonna, como forma também de me justificar de alguma crítica feroz que eu poderia receber de alguém que se incomodasse com minhas novas "influências".
Revi alguns clipes, em especial 'Like a Prayer' e 'Vogue' além da entrevista da curiosa entrevista da eternizada Rainha do Pop deu a jornalista brasileira Marília Gabriela. Tudo isso ocorreu assim, cronologicamente como descrevi.
Assim que vi os clipes me deparei com um ser humano fantástico, que se valia bastante da futilidade de querer aparecer a todo momento na mídia chocando, mas que virava e mexia não descuidava também de realizar suas críticas político-sociais. Daí juntando isso ao fato de eu conhecer fãs neuróticos da cantora e seus comportamentos desperados e hiperbólicos que tiveram quando ela pisou em terras brasucas em 2008, eu percebo que o lado B da Madonna é o que menos é relevante para seus adoradores.
Quando vi a entrevista que ela deu a Marília Gabriela no Youtube foi como se tudo aquilo tivesse se explicado melhor. Eu concordo que o modo com a qual a entrevistadora fez as perguntas pareciam confusas para a entrevistada, mas é importante ressaltar que Madonna pouco se esforçou para ser uma entrevistada interessante, de modo que o simples fato dela ser quem ela era já era suficiente para a pobre coitada latina que lhe importunou por minutos em um chique restaurante novaiorquino.
Naquele instante, os defeitos humanos dela se sobressaíram em um instante e foi interessante perceber como isso se minimiza diante dos fãs que são cegados pelo corpo invejável da cantora aos 50 e por adotar pobres coitados do hemisfério sul e como ainda se minimizará mais quando Jesus Luz se tornar viúvo um dia. Ou não.